Abstract:
A presente pesquisa visa apresentar a tradução para o italiano de Diário de Bitita, de Carolina Maria
de Jesus, obra que reflete as desigualdades que assolam o Brasil e que marcaram a vida da escritora.
A tradução é precedida por um amplo aparato teórico-crítico que permite contextualizar a obra em
tradução, analisando a sociedade brasileira nas questões raciais e de classe, com o racismo estrutural
que a permeia, e de gênero, com a interseccionalidade trilhando novos caminhos para o feminismo.
A tradução se baseia em teorias da tradução pós-coloniais e feministas, que junto a uma forma de
ativismo linguístico, nos permitem agir sobre o texto para poder introduzir no contexto italiano novos
cuidados com as palavras que se utilizam para se referir às populações afrodescendentes.
La presente tesi ha come obiettivo quello di presentare la traduzione di Diário de Bitita, di Carolina
Maria de Jesus, opera che riflette le disuguaglianze che minano il Brasile e che hanno marcato la vita
della scrittrice. La traduzione è preceduta da un ampio apparato teorico-critico, il quale ci permette
di contestualizzare l’opera in traduzione, analizzando la società brasiliana nelle questioni di razza e
classe, con il razzismo strutturale che la pervade, e di genere, con l’intersezionalità che apre nuovi
cammini del femminismo.
La traduzione ha come base le teorie di traduzione postcoloniali e femministe, che insieme ad una
forma di attivismo linguistico, ci permettono di agire sul testo in modo tale da introdurre nel contesto
italiano nuove sensibilità in relazione alle parole che si utilizzano per riferirsi alle popolazioni
afrodiscendenti.
The thesis has the aim to present the translation of Diário de Bitita by Carolina Maria de Jesus, which
work reflects on the disparities undermining Brazil and lived by the author herself.
The translation is forerun by a critic exegesis to contextualize it through the analysis of the Brazilian
society. Particularly, the contextualization is made by analyzing the concepts of race and classes,
highlighting the structural racism encroaching upon it and through the concept of gender by the
intersectionality that leads feminism to new developments.
The theories of postcolonial and feminist translations are at the basis of the translation, in the same
way as the linguistic activism; on account of that, we can operate on the text to introduce in the Italian
framework a new awareness of the words used to refer to Afro-descendant populations.