Abstract:
Questa tesi si propone di realizzare una comparazione tra letteratura e censura nelle dittature salazarista e franchista. La strutturazione è articolata su tre capitoli: il primo è incentrato principalmente su dimostrare come lo scoppio della Prima Guerra Mondiale e le situazioni politiche ed economiche di Spagna (includendo anche la Catalogna) e Portogallo, hanno determinato la totale rovina dell’esperienza democratica; il secondo capitolo verte sul meccanismo della censura che, in quegli anni, rappresentò l’organo repressivo principale che permise alle dittature di Francisco Franco e Antonio de Oliveira Salazar di mantenere saldo il potere per una buona parte del XIX° secolo. In correlazione a questi avvenimenti, la tematica si focalizza, in seguito, su alcune reazioni letterarie di autori di ambo i paesi: da un lato, José Saramago e José Cardoso Pires per il Portogallo, dall’altro, Manuel de Pedrolo e José Maria Gironella per la Spagna (Catalogna). Nel terzo e ultimo capitolo di questa tesi, viene discussa la questione dell’esilio portoghese e spagnolo-catalano; in conclusione vengono messe a confronto le possibili convergenze e divergenze tra i due stati durante le due dittature.
O objeto de investigação desta tese é argumentar a ligação entre a literatura e a censura nas ditaduras salazarista e franquista. A estrutura é dividida em três capítulos: o primeiro capítulo introduz as grandes mudanças devidas à eclosão da Primeira Guerra Mundial, que fizeram afundar Espanha (incluindo também a Catalunha) e Portugal numa crise política e económica; o segundo capítulo trata das consequências inevitáveis que levaram à imposição de estruturas de governo de carácter ditatorial, o Estado Novo salazarista português e o Franquismo espanhol e, a criação de formas de repressões e violências, entre todas, a censura que representou a forma mais brutal e eficaz capaz de aniquilar o panorama literário. Logo a seguir, o discurso concentra-se na reação literária de alguns autores, entre os quais, por um lado: José Cardoso Pires e José Saramago no regime salazarista, por outro Manuel de Pedrolo e José Maria Gironella sob o regime franquista. No terceiro capítulo toca-se tema do exílio português e espanhol-catalão e, em conclusão, a comparação das convergências e divergências entre as duas realidades durante as ditaduras.